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10/01/2019

Justiceiro | Criador do personagem fala que ver militares ostentando o símbolo do personagem é "perturbador e ofensivo"

O Justiceiro não é apenas amado por fãs dos quadrinhos, para muitos que servem as forças armadas, o personagem é um ícone. Resultado disso, o seu símbolo - o logotipo de uma crânio - é muito utilizado por policiais e militares em todo tipo de acessório, veículos, armaduras, roupas, e até mesmo em artes decorativas.

Mas para o criador do personagem, Gerry Conway, o uso do logotipo do personagem por parte dessas entidades são perturbadores, e além disso, muito ofensivos.


Em entrevista recente ao SYFY Wire, Gerry Conway conversou sobre sua carreira nos quadrinhos e também sobre a chegada da segunda temporada da série do personagem na Netflix, e durante sua entrevista, Conway falou sobre suas ideias sobre os militares adotarem o símbolo:

Eu falei sobre isso em outras entrevistas. Para mim, é perturbador sempre que vejo figuras de autoridade abraçando a iconografia do Justiceiro porque o Justiceiro representa uma falha do sistema judiciário. Ele supostamente deveria indicar o colapso da autoridade moral social e a realidade que algumas pessoas não podem depender de instituições como a polícia ou os militares a agir de maneira justa e capaz.
 Conway seguiu explicando que esta cooptação do símbolo, da polícia e das forças armadas é fundamentalmente mal compreendida quanto ao personagem e ao que ele defende, e estão se alinhando com um criminoso:

O anti-herói vigilante é fundamentalmente uma crítica ao sistema judiciário, um exemplo de fracasso social, então quando os policiais colocam crânios do Justiceiro em seus carros ou membros do exército ostentam o símbolo, eles estão basicamente do lado de um inimigo do sistema. Eles estão adotando uma mentalidade fora da lei. Se você acha que o Justiceiro é justificado ou não, se você admira seu código de ética, ele é um fora-da-lei. Ele é um criminoso. A polícia não deveria abraçar um criminoso como símbolo.
No final, Conway encerrou seu raciocínio com a maneira que enxerga o personagem que criou:

De certa forma, é tão ofensivo quanto colocar uma bandeira confederada em um prédio do governo. Meu ponto de vista é que o Justiceiro é um anti-herói, alguém por quem poderíamos torcer enquanto lembramos que ele também é um criminoso e fora-da-lei. Se um oficial da lei, representando o sistema judiciário colocar o símbolo de um criminoso em seu carro de polícia, ele ou ela está fazendo uma declaração muito imprudente sobre sua compreensão da lei.
Justiceiro retorna para sua segunda temporada dia 18 de janeiro na Netflix.

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